Negrão estreia-se com promessa de oposição "responsável, construtiva, mas firme"
28-02-2018 - 15:56

​Novo líder parlamentar do PSD trouxe ao debate o negócio entre o Montepio e a Santa Casa. "Governo é Robin dos Bosques ao contrário”, acusou.

O novo líder parlamentar do PSD estreou-se esta quarta-feira em debates no hemiciclo com a promessa de “atitude de firmeza”. Fernando Negrão acusou o Governo de ser um “Robin dos Bosques ao contrário”.

“Não abdicamos de representar os portugueses que não se reveem neste Governo”, garantiu Fernando Negrão, perante o primeiro-ministro, António Costa.

O líder da bancada do PSD quer protagonizar uma oposição "responsável, construtiva, mas firme" e acredita em consensos nas matérias mais importantes para o país.

questionou depois do Governo sobre a possível entrada da Santa Casa no capital do banco Montepio Geral.

“independentemente das posições somos contra, em qualquer circunstância. Se houver sinal de que a operação não acautela os interesses da Santa Casa vamos usar todos os meios ao nosso dispor para investigar e ir até as últimas consequências”, avisou Fernando Negrão.

“Espanta-me ver um Governo de esquerda a tomar uma decisão destas”, atirou.

“Faz lembrar o Robin dos Bosques ao contrário: tirar dinheiro dos pobres para dar aos bancos”, acusou o líder parlamentar do PSD.

O primeiro-ministro começou por saudar Fernando Negrão: "é com gosto que nos reencontramos", disse António Costa, que também deixou uma palavra para Pedro Passos Coelho, que vai deixar o Parlamento, e para Hugo Soares, que deixou de ser líder da bancada social-democrata.

"Foi um gosto te-lo como interlocutor nestas poucas semanas que convivemos em funções", disse Costa para Hugo Soares.

Sobre a questão do Montepio, o primeiro-ministro esclareceu que ainda não há nenhuma decisão relativamente ao negócio com a Santa Casa.

António Costa defendeu mesmo que a entrada da Santa Casa no capital do Montepio só deve acontecer se o “risco financeiro for aceitável”.

Perante as objeções de Fernando Negrão, o primeiro-ministro respondeu que “não há razão para estar contra a operação Santa Casa/Montepio”.

[notícia atualizada às 19h38]