O novo líder parlamentar do PSD estreou-se esta quarta-feira em debates no hemiciclo com a promessa de “atitude de firmeza”. Fernando Negrão acusou o Governo de ser um “Robin dos Bosques ao contrário”.
“Não abdicamos de representar os portugueses que não se reveem neste Governo”, garantiu Fernando Negrão, perante o primeiro-ministro, António Costa.
O líder da bancada do PSD quer protagonizar uma oposição "responsável, construtiva, mas firme" e acredita em consensos nas matérias mais importantes para o país.
questionou depois do Governo sobre a possível entrada da Santa Casa no capital do banco Montepio Geral.
“independentemente das posições somos contra, em qualquer circunstância. Se houver sinal de que a operação não acautela os interesses da Santa Casa vamos usar todos os meios ao nosso dispor para investigar e ir até as últimas consequências”, avisou Fernando Negrão.
“Espanta-me ver um Governo de esquerda a tomar uma decisão destas”, atirou.
“Faz lembrar o Robin dos Bosques ao contrário: tirar dinheiro dos pobres para dar aos bancos”, acusou o líder parlamentar do PSD.
O primeiro-ministro começou por saudar Fernando Negrão: "é com gosto que nos reencontramos", disse António Costa, que também deixou uma palavra para Pedro Passos Coelho, que vai deixar o Parlamento, e para Hugo Soares, que deixou de ser líder da bancada social-democrata.
"Foi um gosto te-lo como interlocutor nestas poucas semanas que convivemos em funções", disse Costa para Hugo Soares.
Sobre a questão do Montepio, o primeiro-ministro esclareceu que ainda não há nenhuma decisão relativamente ao negócio com a Santa Casa.
António Costa defendeu mesmo que a entrada da Santa Casa no capital do Montepio só deve acontecer se o “risco financeiro for aceitável”.
Perante as objeções de Fernando Negrão, o primeiro-ministro respondeu que “não há razão para estar contra a operação Santa Casa/Montepio”.
[notícia atualizada às 19h38]