Coronavírus. Mais de 100 médicos voluntários vão apoiar sem-abrigo
25-03-2020 - 09:23
 • Lusa

Governo já anunciou que as Forças Armadas estão preparadas para atuar no caso de haver carência de voluntários que atualmente dão apoio à população sem-abrigo.

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Mais de 100 médicos voluntariaram-se para dar apoio às equipas de acompanham a população sem-abrigo nesta altura de pandemia de Covid-19, respondendo a um apelo do bastonário, anunciou a Ordem dos Médicos (OM).

"As esquipas que estão todo o ano no terreno a apoiar os sem-abrigo estão também elas a ser afetadas pela pandemia que estamos a viver, com alguns dos voluntários a precisar de ficar em isolamento", explica o bastonário, Miguel Guimarães, em comunicado.

A OM explica que, para dar resposta a uma solicitação da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-abrigo, o bastonário decidiu lançar mais um apelo "ao espírito humanista e solidário que tem definido os médicos portugueses", pedindo colegas voluntários para darem apoio telefónico às equipas de rua que acompanham os sem-abrigo.

"Nesta altura torna-se também mais importante conseguir dar no momento o melhor acompanhamento clínico possível, dados os riscos acrescidos de contágio para quem recorra a uma unidade hospitalar", explica Miguel Guimarães.

O bastonário diz também que os médicos vão esclarecer dúvidas através do telefone a estas equipas, estejam ou não relacionadas com a Covid-19".

"Todas as estruturas telefónicas, como o SNS24 e a Linha de Apoio ao Médico, estão sobrecarregadas, e com este apoio especializado queremos garantir uma resposta ágil e com qualidade", reforça.

O Governo já anunciou que as Forças Armadas estão preparadas para atuar no caso de haver carência de voluntários que atualmente dão apoio à população sem-abrigo, nomeadamente para a distribuição de comida.

Os últimos dados da Direção-Geral da Saúde indicam que foram registadas 33 mortes associadas à doença e há 2.362 infeções confirmadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.