O Benfica anunciou, esta quarta-feira, que tem em conclusão mais de uma dezena de novos processos, ao terceiro dia da entrada em funcionamento do chamado "gabinete de crise".
Em nota à comunicação social, publicada no site oficial, o clube revela que os processos visam aqueles que, “a coberto do anonimato e de forma sistemática e impune, têm publicitado o teor de informação privada e confidencial" do Benfica, ao mesmo tempo divulgando publicamente "documentos de investigação que se encontram em segredo de justiça, numa coincidência particularmente complexa e de enorme gravidade".
Já formalizadas estão diversas iniciativas judiciais e extrajudiciais "com vista à salvaguarda" do "bom-nome e reputação" do Benfica. Incluem-se 12 queixas-crime, quatro requerimentos dirigidos à Procuradora-Geral da República e cinco queixas e exposições a diversas entidades.
"A Sport Lisboa e Benfica SAD lamenta de forma veemente as sistemáticas violações do segredo de justiça, evidenciadas pela reiterada divulgação pública de diversas diligências de investigação e de factos e informações que só poderiam ser do conhecimento das entidades responsáveis pela investigação criminal", completa o comunicado.
O Benfica tem estado sob especial foco da imprensa, face ao envolvimento em processos como a "operação e-toupeira", a propósito da qual o assessor jurídico da SAD, Paulo Gonçalves, está detido, por suspeitas de corrupção; o "caso dos e-mails", provindo da revelação de correspondência eletrónica alegadamente comprometedora, por parte do FC Porto, de dirigentes do Benfica, e da "operação Lex", pela qual o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi constituído arguido.