Três dias depois de visitar o campo de refugiados de Lesbos, na Grécia, o Papa pediu perdão aos refugiados pela “falta de abertura e indiferença das sociedades”.
Francisco deixou esta terça-feira uma mensagem de vídeo a propósito dos 35 anos do centro jesuíta de refugiados Astali, em Roma.
“Perdoem a falta de abertura e a indiferença das nossas sociedades que temem a mudança de vida e de mentalidade que a vossa presença exige”, disse Francisco directamente aos refugiados.
“Sois tratados como um peso, um problema e um custo, mas – na verdade – sois um dom”, disse. “Cada refugiado que bate à nossa porta tem o rosto de Deus, é carne de Cristo."
Francisco lembrou que os refugiados são pessoas “que fugiram das suas terras por causa da opressão, da guerra, de lugares desfigurados pela poluição, pela desertificação ou por causa da injusta distribuição dos recursos”. “São irmãos com quem se deve partilhar o pão, a casa e a vida”, resumiu.
Este centro jesuíta de acolhimento aos refugiados foi o mesmo local onde Francisco esteve no início do seu pontificado e onde lançou o apelo aos institutos religiosos e conventos vazios de Roma para acolherem refugiados.