O 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) arrancou este domingo e vai durar uma semana, devendo pôr termo a duas décadas de sucessão política ordenada, ao cimentar o estatuto do atual secretário-geral, Xi Jinping.
A nomeação de Xi para um terceiro mandato de cinco anos como secretário-geral do PCC e presidente da Comissão Militar Central é vista por analistas como um momento decisivo na História moderna da China.
O cargo de secretário-geral é a mais alta posição de poder na China. Como chefe da Comissão Militar Central, Xi Jinping controla também as Forças Armadas do país.
Ao assumir o terceiro mandato, Xi Jinping vai encerrar formalmente um período de duas décadas marcado por transições previsíveis e ordenadas de um líder partidário para o outro. Em 2002, Hu Jintao sucedeu a Jiang Zemin como secretário-geral do partido. Em 2012, Hu abriu caminho para Xi.
Já na abertura dos trabalhos do Congresso, Xi Jinping disse que a China alcançou “um amplo controle sobre Hong Kong, transformando-a do caos para a governação”.
Referindo-se a Taiwan, afirmou que "a China travou uma grande luta contra o separatismo”, na ilha e “está determinada a opor-se à integridade territorial”.
O líder chinês condenou o que disse ser uma “interferência na ilha autogovernada”, numa alusão indireta aos Estados Unidos.
Por entre elogios ao partido ao Partido Comunista Chinês, Xi Jinping defendeu ainda as políticas implementadas no combate à pandemia de Covid-19, alegando que “o país colocou as pessoas em primeiro lugar”.
O mais importante evento da agenda política da China, que se realiza a cada cinco anos e reúne, em Pequim, mais de 2.000 delegados de todo o país, vai apresentar também, no último dia, a nova formação do Comité Permanente do Politburo do PCC, que é composto por sete membros, entre os quais o líder, Xi Jinping.