O número de vítimas mortais da violência que assola a África do Sul pelo sétimo dia consecutivo, já fez pelo menos 117 mortos e mais de 2.200 detenções, segundo um novo balanço divulgado esta quinta-feira pela Presidência da República sul-africana.
A ministra da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, adiantou, em conferência de imprensa, que na região de Joanesburgo o número de vítimas mortais ascende a 26.
A governante explicou que as autoridades sul-africanas contabilizaram 91 mortes na província de Kwazulu-Natal (Leste) onde a violência eclodiu na semana passada, depois da prisão do antigo chefe de Estado, Jacob Zuma, na quarta-feira à noite, por desrespeito a uma ordem do Tribunal Constitucional.
Segundo a ministra, foram detidas 725 pessoas em Gauteng e 1.478 em Kwazulu-Natal.
A polícia sul-africana já havia estimado em cerca de 2.400 os detidos na sequência dos distúrbios violentos, saques e ações de intimidação após a prisão de Zuma.
Estima-se que vivam cerca de 450 mil portugueses e lusodescendentes na África do Sul, mas segundo o Governo não há cidadãos nacionais entre as vítimas, havendo apenas registo de danos materiais, sobretudo em estabelecimentos comerciais propriedade de portugueses.
O Governo da África do Sul está a considerar enviar mais 25 mil militares para o terreno na tentativa de restaurar a ordem pública no país, anunciou a ministra de Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula.
A governante sul-africana, que se reuniu online com o Comité Conjunto de Defesa do Parlamento, na noite de quarta-feira, sobre a atual situação da insegurança que prevalece pelo sétimo consecutivo no país, referiu que o reforço militar aguarda aprovação do Conselho Nacional de Segurança e do Presidente da República, Cyril Ramaphosa.