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Pedro Nuno Santos "surpreendeu" pela positiva e esteve "mais confortável" no debate contra Luís Montenegro. São as visões de Luís António Santos, professor de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, e Diana Ramos, diretora do "Jornal de Negócios", ouvidos pela Renascença no pós-debate entre PS e Aliança Democrática (AD).
Para Luís António Santos, "os debates tinham-nos trazido um Pedro Nuno Santos contido" e que Montenegro estava "cada vez mais confiante". Nesse sentido, as expectativas jogaram a favor do líder socialista.
"Teve um desempenho mais próximo do que lhe conhecemos noutras áreas. Luís Montenegro, estrategicamente, falha em alguns momentos cruciais do debate e, depois, tem muita dificuldade em recuperar", considera.
Visão semelhante tem a diretora do "Jornal de Negócios", ao referir que ambos os candidatos "surgiram muito bem preparados", mas foi o secretário-geral do PS que se sentiu "mais confortável", enquanto o líder da AD estava "mais incomodado".
A questão fiscal marcou um grande troço do debate e Diana Ramos espera que estes temas continuem em foco nas duas semanas de campanha eleitoral. Outra questão que se manterá na comunicação do PS será as pensões, "um tema que é querido entre o seu eleitorado preferido" e, pelo contrário, "crítico para Luís Montenegro".
"O que se viu neste debate foi Pedro Nuno Santos a apontar o dedo à questão das pensões e a lembrar que Montenegro nem sempre escolhe a verdade", indica.
Questionado sobre a importância do debate para os resultados das Legislativas a 10 de março, Luís António Santos não acredita que o frente-a-frente seja decisivo.
O especialista aponta que o que determina os resultados "é um conjunto de situações acumuladas e o que vai acontecer daqui para a frente".
"As sondagens dão uma indicação que há uma grande proximidade eventual entre PS e AD. As próximas duas semanas serão cruciais", conclui.