O Presidente da República assegura que, se o Orçamento do Esado para 2022 não for aprovado na generalidade, na quarta-feira, vai avançar para a dissolução do Parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa falava poucos minutos depois do PCP ter anunciado o voto contra o documento.
"Vamos ponderar até ao último segundo" e "ver se é possível de alguma forma encontrar o número de deputados para viabilizar o orçamento", apelou o Chefe do Estado, lembrando que "até ao momento da votação é sempre possível continuar a falar".
Marcelo reafirma que "o que é desejável e o que eu esperaria que acontecesse é que
o orçamento passasse", mas que se isso "de todo em todo isso for impossível, eu
inicio logo o processo [para convocar eleições]".
O Presidente da República disse ainda que vai "ponderar serenamente as informações, perceber qual é o estado de espirito dos diversos protagonistas".
Esta segunda-feira, o PAN e as deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira anunciaram que se vão abster na votação na generalidade.
O voto contra dos dez deputados do PCP no Orçamento do Estado para 2022 agora oje anunciado determina, desde já, o seu 'chumbo' na votação na generalidade, marcada para quarta-feira.
O documento tem votos a favor dos 108 deputados do PS, mas 115 contra (a confirmar-se o do BE, que se junta a PSD, CDS-PP, Chega, IL e agora PCP), além de cinco abstenções (PAN e duas deputadas não inscritas).
Apenas falta anunciar o sentido de voto do Partido Ecologista "Os Verdes", mas, mesmo que os seus dois deputados votassem a favor do documento, seriam insuficientes para aprovar o Orçamento.