O deputado bloquista Pedro Filipe Soares vai manter-se como líder da bancada parlamentar do BE na nova legislatura, adiantou esta quinta-feira à Lusa fonte oficial do partido.
De acordo com a mesma fonte, esta foi uma proposta da Comissão Política do BE aprovada pelos deputados na quarta-feira à noite.
O matemático Pedro Filipe Soares foi eleito deputado pela primeira vez em 2009 e chegou à liderança da bancada em 2012, em substituição de Luís Fazenda.
O líder da bancada nasceu em 1979 e, segundo o site do parlamento, tem como habilitações literárias uma licenciatura em Matemática Aplicada à Tecnologia e frequência de mestrado em Deteção Remota.
Devido à redução da bancada parlamentar resultante das eleições legislativas, em que o partido passou de 19 para cinco deputados, o BE ficará apenas com uma vice-presidente da bancada, mantendo Mariana Mortágua. Na última legislatura, Jorge Costa também era vice-presidente. .
O BE obteve nas últimas legislativas o pior resultado dos últimos 20 anos, falhou os objetivos apresentados, perdeu metade dos votos e ficou reduzido a cinco dos 19 deputados, uma pesada derrota assumida, logo na noite eleitoral, pela líder Catarina Martins.
Além de Pedro Filipe Soares e Mariana Mortágua, a bancada do BE será composta por Catarina Martins, José Soeiro e Joana Mortágua.
A primeira sessão plenária da Assembleia da República da XV legislatura deverá realizar-se na próxima terça-feira, decidiu esta semana a conferência de líderes.
"À partida, o primeiro plenário será no dia 29", informou a porta-voz da conferência de líderes.
De acordo com a deputada socialista Maria da Luz Rosinha, nesse dia vai ser eleito o presidente da mesa da Assembleia da República, mas a eleição da restante Mesa do parlamento só acontecerá no dia seguinte, dia 30, em virtude de poder haver substituições entre deputados e membros do executivo.
O arranque dos trabalhos parlamentares depois das legislativas de 30 de janeiro chegou a ter data indicativa de 22 de fevereiro.
No entanto, o processo atrasou-se mais de um mês devido à repetição das eleições no círculo da Europa, determinada pelo Tribunal Constitucional, depois de terem sido misturados votos válidos e inválidos (sem estarem acompanhados por documento de identificação) na primeira contagem.