Veja também:

• Fraude, evasão e lavagem de dinheiro à escala global. Tudo sobre os “Panama Papers”
• Infografia: Os poderosos por trás do caso "Panama Papers"
• Mossack Fonseca, a empresa no centro do furacão “Panama Papers"

O escândalo dos “Panama Papers” demonstra que a União Europeia deve agir para atacar o problema da evasão e branqueamento de capitais, defende o ministro da Economia.

“As questões que estes ‘Panama Papers’ revelam é um problema à escala mundial de fuga ao fisco, de branqueamento de capitais, e que demonstram que é importante trabalhar ao nível das instituições mundiais, mas em particular das instituições europeias, na resolução deste problema, para que a base fiscal dos países não seja erodida e iludida por estes esquemas e por estas formas de actuar”, afirma Manuel Caldeira.

O Governo está a acompanhar está a acompanhar o dossier Panamá. Ao todo, são 11 milhões de páginas com dados que apontam para ligações entre elementos do poder politico mundial, futebolistas e artistas entre muitos outros a paraísos fiscais.

Manuel Caldeira Cabral avança que, caso se venham a verificar ilícitos a envolver portugueses, o Ministério Público vai investigar.

“O Governo está a acompanhar a situação. Se for encontrada alguma questão que tenha a ver com Portugal, isso será, obviamente, remetido para o Ministério Público, será uma questão de justiça. Portugal, certamente, não é o país mais importante [nos Panama Papers], mas há casos portugueses e esses casos serão tratados pela justiça”, sublinha o ministro da Economia.

Manuel Caldeira Cabral falava aos jornalistas à margem do almoço mensal de associados da AHP - Associação da Hotelaria de Portugal, em Lisboa.