Contra tudo, contra todos, contra as recomendações, contra as ameaças constantes de novo ataque terrorista, o Inglaterra-França foi mesmo para a frente. Era, à partida, apenas mais um entusiasmante duelo entre dois rivais do Velho Continente, mas foi ampliado à dimensão de declaração de intenções de um mundo que se une contra o terror.
Nem o cancelamento do Alemanha-Holanda, devido a ameaça de bomba em Hannover, impediu que os jogadores subissem ao relvado do magnífico Estádio de Wembley e vislumbrassem a monumental plateia de 90 mil espectadores.
E tudo correu como previsto. O minuto de silêncio, a "Marselhesa", entoada por todos a plenos pulmões, a coroa de flores depositada pelo Príncipe William de Inglaterra no centro do relvado.
Na noite em que Londres se tornou numa improvisada capital da fraternidade, dentro de campo - o que menos importa, na realidade -, a Inglaterra venceria, por 2-0, com golos de Delle Ali e Wayne Rooney.