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O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a campanha de ataques informáticos durante a campanha presidencial nos Estados Unidos, de acordo com os serviços secretos norte-americanos.
“Concluímos que o Presidente Vladimir Putin ordenou uma campanha influente em 2016 dirigida à eleição presidencial norte-americana”, indica um relatório divulgado esta sexta-feira.
“Putin e o Governo russo desenvolveram uma clara preferência pelo Presidente eleito Trump. Temos elevada confiança nestes julgamentos”, refere o documento.
O objectivo era desacreditar a candidata democrata Hillary Clinton e ajudar o republicano Donald Trump a ser eleito Presidente, de acordo com os serviços de inteligência.
A Rússia pretendia minar a confiança dos eleitores norte-americanos no processo democrático, denegrir a imagem da antiga secretária de Estado Hillary Clinton e dificultar a sua eleição.
As agências norte-americanas acreditam que o GRU, os serviços secretos militares da Rússia, utilizaram intermediários, como o WikiLeaks, o DCLeaks e o Guccifer 2.0, para divulgar os emails roubados ao Comité Nacional Democrata e a altos dirigentes do Partido Democrata.
A operação russa visou "alvos associados aos maiores partidos políticos dos Estados Unidos".
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tem negado que os emails do Partido Democrata tenham como fonte algum Estado.
Os serviços secretos norte-americanos não detectaram provas de que a operação russa tenha atacado os sistemas de contagem dos votos das eleições de Novembro de 2016, que terminaram com a vitória de Donald Trump.
Numa reunião com senadores, em Dezembro, responsáveis da CIA já tinham revelado que a Rússia interferiu na campanha eleitoral americana com a intenção clara de ajudar Donald Trump e não apenas com o intuito de descredibilizar o sistema eleitoral e a democracia nos Estados Unidos.
Numa avaliação secreta ao processo de ingerência da Rússia através de “hacking” (pirataria informática) na campanha eleitoral, nomeadamente nos servidores do Partido Democrático donde foram retirados milhares de emails divulgados nas semanas anteriores às eleições, as agências de espionagem americanas concluíram que o objectivo dessas acções foi prejudicar a campanha de Hillary Clinton e favorecer a de Donald Trump.
Dias depois, na conferência de imprensa de balanço de 2016, o Presidente cessante, Barack Obama, culpou publicamente Moscovo pelo ataque informático contra o Partido Democrata, durante o período de campanha eleitoral.
No final do ano, Barack Obama anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos na sequência deste incidente diplomático.