Covid-19. Manifestações na Grécia contra vacinação obrigatória para cuidadores
21-07-2021 - 22:47
 • Lusa

A manifestação na capital foi assinalada por momentos de tensão, com a polícia a utilizar canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 120 pessoas encapuzadas que lançavam projéteis.

Veja também:


Cerca de 5.000 pessoas, incluindo 3.000 no centro de Atenas, manifestaram-se esta quarta-feira em protesto contra a vacinação obrigatória para a Covid-19 dos cuidadores e dos trabalhadores de lares de terceira idade, anunciou a polícia.

Na véspera de um voto no parlamento de um decreto que torna obrigatória a vacinação contra o novo coronavírus dos cuidadores e funcionários dos lares de terceira idade, os manifestantes exibiram faixas com as frases “Não à vacinação obrigatória”, “Liberdade”, e ainda grandes cruzes ortodoxas e bandeiras gregas.

A manifestação na capital foi assinalada por momentos de tensão, com a polícia a utilizar canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 120 pessoas encapuzadas que lançavam projéteis, informou a agência noticiosa AFP.

Na semana passada, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou a obrigação de vacinação para estes setores, sob pena de serem dispensados do trabalho.

Os empregados dos lares de terceira idade deverão ser vacinados até 16 de agosto e os cuidadores até 01 de setembro.

O Governo conservador grego decidiu adotar medidas para encorajar o maior número de pessoas a aceitaram vacinar-se face à propagação da variante Delta do novo coronavírus, e quando 99% dos doentes em cuidados intensivos nos hospitais são pessoas não vacinadas.

Mais de 4,6 milhões de pessoas estão totalmente vacinadas na Grécia, numa população de 10,7 milhões de habitantes.

No entanto, a propagação da variante Delta suscita preocupações e em apenas duas semanas o número de casos diários aumentou de 800 para 3.000.

A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 4.119.920 mortos em todo o mundo, entre mais de 191,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da AFP.