Português em Rodes descreve “situação extremamente caótica”
24-07-2023 - 15:23
 • Anabela Góis

Ilha grega assolada por incêndios há sete dias. Autoridades têm em curso “uma das maiores evacuações na história da Grécia”.

A situação na ilha de Rodes, na Grécia, “está extremamente caótica” devido aos incêndios, avança à Renascença o português Hugo Vieira, que reside naquela ilha há dois anos. Um casal de portugueses a residir na ilha grega de Rodes só hoje é que foi contactado pela embaixada portuguesa em Atenas.

Hugo Vieira só esta segunda-feira foi contactado pela embaixada portuguesa em Atenas, mas optou por ficar porque vive na capital de Rodes, que não foi afetada. Nos últimos dias, para a cidade têm sido levados muitos habitantes e turistas que se encontravam nas zonas atingidas pelos incêndios.

A residir na ilha há dois anos, Hugo Vieira fala numa situação caótica e diz que os incêndios estão completamente descontrolados.

“A situação está extremamente complicada ainda. Existem três frentes de fogo ativas no centro e sul da ilha e não estão controladas. Por isso, a situação está extremamente caótica”, detalha.

Hugo Vieira sublinha que a ilha de Rodes luta contra os incêndios há sete dias e que a situação complicou-se quando os fogos entraram em zonas urbanas.

“Este é o sétimo dia de combate a um incêndio que começou numa das cordilheiras montanhosas e, se até quinta e sexta-feira a única coisa que ardia era floresta virgem, a partir de sábado as coisas escalaram e o fogo começou a invadir aldeias e unidades hoteleiras”.

O cidadão português fala numa situação grave que está a obrigar a “ uma das maiores evacuações na história da Grécia”.

Na ilha de Rodes vivem atualmente três portugueses, um dos quais tem dupla nacionalidade.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse hoje que tem estado "em contacto com 19 portugueses" na Grécia, na sequência dos incêndios que estão a afetar este país.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, disse hoje que a Grécia está "em guerra" contra os incêndios florestais que assolam o país, que tem "mais três dias difíceis" pela frente devido às altas temperaturas.

[notícia atualizada às 17h43 de 24 de julho de 2023]