As autoridades judiciais iranianas anunciaram este domingo a detenção de todos os envolvidos no atentado suicida que matou na quarta-feira 91 pessoas na cidade de Kerman (centro), informou a agência de notícias oficial IRNA.
"Trinta e duas pessoas foram detidas em conexão com o crime de Kerman e estão a ser interrogadas", disse o procurador da cidade onde ocorreu o ataque, Mehdi Bakhshi.
Bakhshi revelou que os 32 detidos são "todos os envolvidos" no duplo atentado suicida perto do túmulo de Qasem Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária que morreu em 2020 num ataque aéreo dos Estados Unidos no Iraque.
Até ao momento, as autoridades iranianas tinham comunicado a detenção de 11 pessoas relacionadas com este ataque, reivindicado pelo grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI). Teerão revelou também que um dos bombistas suicidas era do Tajiquistão. A identidade do segundo atacante ainda não foi confirmada.
O procurador afirmou ainda que, nos últimos dias, "foram descobertas 16 outras bombas" na província de Kerman, "mais potentes" do que as utilizadas na quarta-feira.
Nos últimos meses, foram detidos 23 membros do EI que estavam a preparar atentados suicidas na província.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria de várias agressões em solo iraniano no passado, incluindo um ataque a um mausoléu na cidade de Shiraz, no sul do país, que matou 15 pessoas em outubro de 2022.