A partida de 19 militares portugueses para a República Centro-Africana, prevista para a madrugada de quinta-feira, onde a Força Nacional (FND) irá comandar a missão de treino da União Europeia, foi adiada por 24 horas por motivos técnicos.
O gabinete do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informou esta quarta-feira à noite, em comunicado, que a partida foi adiada por motivos técnicos, não dando mais esclarecimentos.
A missão de treino da União Europeia na República Centro Africana (RCA) será pela primeira vez comandada por Portugal, pelo brigadeiro-general Hermínio Maio, e é composta por 170 militares de 12 países.
O contingente português integra 40 militares, incluindo um Comando, um Estado-Maior e o corpo de formadores, na maioria do Exército, mas também há elementos da Força Aérea e da Marinha.
Os primeiros 21 militares já estão na República Centro Africana, em Bangui, sendo que os restantes 19 partem às 01:00 de sexta-feira, divulgou o Estado-Maior General das Forças Armadas.
A missão da União Europeia visa o "aconselhamento estratégico ao Ministério da Defesa e ao Estado-Maior General das Forças Armadas Centro-Africanas, formação de quadros e criação de programas de treino para as unidades militares locais", segundo o EMGFA.
"Planeamento e execução de actividades de assessoria, formação e treino operacional às Forças Armadas da República Centro Africana (RCA), em Bangui, em coordenação com a delegação da União Europeia, com a missão das Nações Unidas e, outras organizações internacionais e não-governamentais, presentes na capital da RCA" são as tarefas previstas para 2018.
As Forças Armadas Portuguesas têm ainda na RCA, mas ao serviço da missão das Nações Unidas, mais 160 militares na força de reacção rápida, cenário que se irá manter este ano.