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Um estudo japonês da Universidade de Yokohama sugere que os anticorpos em pessoas vacinadas contra o SARS-CoV-2 diminuem com o tempo, embora mais lentamente do que indicam outras investigações.
De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo News, os resultados de uma equipa da Universidade da Cidade de Yokohama sugerem que as pessoas infetadas nos primeiros dias da pandemia, particularmente, as que tinham sintomas ligeiros ou inexistentes ainda precisam de ser vacinadas para reduzir o risco de serem reinfetadas por variantes como as do Reino Unido, África do Sul, Brasil e Índia.
No estudo, realizado com 250 pessoas com idades entre os 21 e os 78 anos, que testaram positivo para a Covid-19 entre fevereiro e abril do ano passado, 97% das pessoas com sintomas ligeiros ou sem sintomas tinham anticorpos contra o novo coronavírus seis meses após a infeção.
Mas um ano mais tarde, 96% ainda tinham anticorpos contra a doença.
Já os infetados que apresentaram sintomas mais graves tinham todos anticorpos após um ano.
Quanto às variantes, 69% das pessoas que apresentaram sintomas ligeiros ou sem sintomas tinham anticorpos para combater infeções à estirpe mutante da África do Sul seis meses mais tarde, 75% contra a estirpe indiana, 81% contra a variante brasileira e 85% contra o tipo britânico, mostrou o estudo.
As percentagens diminuíram ligeiramente após mais de um ano.
Os níveis de anticorpos no sangue de antigos doentes que tinham sintomas moderados a graves enfraqueceram apenas ligeiramente contra as variantes do vírus num ano.
Durante 12 meses após o teste ter sido positivo, pelo menos, 90% dessas pessoas, com sintomas mais graves, tinham anticorpos suficientemente eficazes para bloquear qualquer um dos quatro tipos de variantes.
O estudo sugere que as pessoas com sintomas ligeiros ou sem Covid-19 não despoletam uma resposta de anticorpos tão forte como as que desenvolvem uma doença mais grave, disse a equipa.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.456.282 mortos no mundo, resultantes de mais de 166,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.