O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta quarta-feira a morte de cinco civis num bombardeamento em Gaza, entre as quais três cidadãos portugueses, e de todas as vítimas do conflito entre Israel e o Hamas.
Nessa nota lê-se que "o Presidente da República, tal como o Governo, lamenta a morte de cinco civis num bombardeamento hoje no sul de Gaza, entre os quais três de nacionalidade portuguesa, e expressa a sua mais sentida solidariedade às famílias, bem como a todas as vítimas deste conflito".
"O Presidente da República espera que, nos próximos dias, seja possível a saída de Gaza para o Egito de um grupo de cidadãos luso-palestinianos", acrescenta-se, numa curta mensagem, de dois parágrafos, em que Israel não é mencionado.
O Presidente da República encontra-se em Bissau para participar na celebração oficial dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, na quinta-feira, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Ao fim da noite de quarta-feira, num hotel da capital guineense, o ministro dos Negócios Estrangeiros reagiu à notícia destas mortes em Gaza, que lamentou, em nome do Governo, e defendeu que é preciso parar estes bombardeamentos.
"O Governo português lamenta profundamente a morte de cinco pessoas esta tarde em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, fruto de um bombardeamento", declarou João Gomes Cravinho aos jornalistas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa e relatou que transmitiu ao seu colega israelita "desgosto em relação a estas mortes".
"Aquilo que aconteceu esta tarde com a morte de três cidadãos nacionais e dois familiares diretos desses cidadãos é mais uma prova de que este não é o caminho certo. Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos", defendeu.
Para João Gomes Cravinho, "pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa" o que se chame, "desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis".
O ministro comunicou ter recebido do seu colega israelita a indicação de que hoje "sairão dez cidadãos nacionais e familiares" de Gaza, havendo "três cidadãos menores ainda por sair".
A ofensiva de Israel em Gaza já dura há 40 dias, depois de o grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, ter lançado em 07 de outubro um ataque sem precedentes em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.