Doze pessoas foram detidas esta quarta-feira numa operação anticorrupção relacionada com a Câmara Municipal Loures.
Todos os oito fiscais da Polícia Municipal de Loures foram esta manhã detidos por suspeita de corrupção na operação “Embargo Final”.
Na operação desencadeada pela Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária foram também detidas outras quatro pessoas: três empresários e o proprietário de um edifício que foi ilegalmente alterado.
Em causa está a alegada prática reiterada da exigência de contrapartidas financeiras para decidirem em favor dos corruptores, nomeadamente no licenciamento de obras e na fiscalização de diversas outras infrações.
Na investigação foram recolhidos “importantes elementos de prova que indiciam fortemente a existência de contrapartidas monetárias, para o não exercício das funções profissionais que lhes estavam atribuídas”, refere a Judiciária, em comunicado enviado às redações.
Ao todo foram realizadas 50 buscas, 18 buscas domiciliárias e 32 buscas não domiciliárias. Uma delas decorreu nas instalações da Polícia Municipal de Loures, numa operação em que a Judiciária empenhou mais de 80 inspetores.
Os 12 detidos serão presentes na quinta-feira a tribunal.
A investigação começou em maio de 2020, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures, com base em queixas que já vinham, pelo menos, desde 2017.
A autarquia de Loures é liderada pelo comunista Bernardino Soares.
[Notícia atualizada às 13h31]