A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) manifesta-se preocupada com a greve geral em curso esta quinta-feira em França.
Em declarações à Renascença, o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, admite que por agora não há perturbações a registar, mas a situação é preocupante.
“É uma situação que vemos sempre com muita apreensão e com muita compreensão, porque é um processo evolutivo e que, de um momento para o outro, as coisas pioram.”
De acordo com os sindicatos franceses, os setores dos transportes, saúde, escolas, energia, França estão a ser atingidos pela paralisação, cuja adesão está a registar níveis superiores a 70%.
Os protestos centram-se contra o aumento da idade de reforma, consequência das anunciadas alterações do sistema de pensões pela primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne.
Pela primeira vez em 12 anos, os principais sindicatos franceses unem-se numa greve geral considerada inédita contra a reforma do sistema de pensões que prevê o aumento da idade de reforma no país de 62 para 64 anos.
Também ouvido pela Renascença, Hermano Sanches Ruivo, vereador na Câmara de Paris, diz que as manifestações “continuam a ser, por enquanto, a única forma de pressionar” o governo central.
“As reformas são fundamentais, o prazo legislativo é de 26 de março. Esta manifestação mede forças, mas obriga a muito mais reuniões e muito mais negociações”, explica.