Em oito meses, o preço do cabaz de alimentos aumentou em mais de 30 euros. As contas são feitas pela Deco.
A associação de defesa do consumidor tem controlado semanalmente o preço dos bens alimentares desde o início da guerra na Ucrânia.
As conclusões desta semana apontam para um preço médio de cabaz na ordem dos 214 euros, mais 16% do que em fevereiro.
“Os aumentos têm-se feito sentir em todas as categorias alimentares, e têm sido, sobretudo, a carne e o peixe os que mais têm visto os seus preços subir”, lê-se no site da Deco.
A defesa do consumidor detalha as contas, por exemplo, do peixe. “Fazendo as contas a apenas um quilo de salmão, de pescada, de carapau, de peixe-espada-preto, de robalo, de dourada, de perca e de bacalhau, o consumidor pode agora ter de gastar, em média, 72,71 euros, um aumento de 20,55% (mais 12,39 euros) face a 23 de fevereiro”, descreve.
Já a carne “aumentou 20,11% (mais 6,49 euros) entre 23 de fevereiro e 19 de outubro. Para comprar apenas um quilo de lombo de porco, de frango, de febras de porco, de costeletas do lombo de porco, de bifes de peru, de carne de novilho para cozer e de perna de peru, o gasto pode agora ser, em média, de 38,73 euros”.
Ainda segundo a Deco, a análise de preços “tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra”.
“Na semana entre os dias 12 e 19 de outubro, os dez produtos com maiores subidas de preço foram o iogurte líquido de morango (mais 20%), o açúcar branco (mais 17%), os cereais (mais 17%), o alho seco (mais 13%), a massa espirais (mais 12%), os douradinhos de peixe (mais 9%), o esparguete (mais 9%), o salmão (mais 8%), a dourada (mais 8%) e as ervilhas ultracongeladas (mais 7%)”, detalha.