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A ministra da Saúde garantiu esta segunda-feira que os utentes e profissionais dos lares de idosos irão ser vacinados já em janeiro. A exceção serão as estruturas que nessa altura tiverem com surtos ativos da Covid-19. Nessa altura, Portugal vai receber quatro tranches de vacinas, cada uma com 79.950 doses.
Numa visita ao Hospital Curry Cabral, em Lisboa, Marta Temido esclareceu que no primeiro mês de 2021, tal como estava previsto, o país vai receber 79.950 doses em cada uma das quatro semanas de janeiro. Uma quantidade semelhante, em cada uma das ocasiões, àquela que Portugal teve acesso nas duas entregas feitas este mês.
"Essas doses podem ser já ministradas à comunidade", precisou a ministra da Saúde, identificando os utentes e trabalhadores dos lares como os alvos prioritários. A estes juntam-se os profissionais das Unidades de Cuidados Integrados.
Nesta primeira entrega, as vacinas destinaram-se em exclusivo aos profissionais de saúde.
Salientou ainda que o Governo através do coordenador da vacinação da Covid-19, Duarte Cordeiro, está a concluir a identificação de estruturas de lares de idosos a vacinar, mas deixou uma ressalva: "Aqueles que tem surtos ativos não ser vacinados enquanto estiverem ativos".
Durante a mesma conferência de imprensa, que marcou o início da vacinação no Hospital Curry Cabral, a ministra da Saúde referiu ainda que ao contrário do que aconteceu noutros países europeus, como em Espanha, "Portugal recebeu a a quantidade que estava prevista". "Não fomos atingidos pelo transtorno de entrega de outros países", assegurou.
Ainda assim, salientou que este é um processo complexo do ponto de vista logístico, e que a "entrega depende sempre da capacidade de produção da industria farmacêutica".
Marta Temido voltou a reforçar o papel deste hospital no combate à Covid-19, e afirmou que o início da vacinação é um "sinal de encorajamento para o que nos falta ultrapassar".
Antes a governante falou o diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, que enfatizou o facto da vacina da Covid-19 representar "um marco na história da medicina", depois de a mesma ter demorado 12 meses a ser concebida. "É um sucesso major de saúde pública, que não vamos esquecer", afirmou.
O mesmo médico avançou ainda que para o país garantir o sucesso deste processo "teremos de ter 60 a 70% da população imunizada para nos poderemos tranquilizar e voltar à nossa vida normal".
Maltez apelou à vacinação e disse que "é fundamental que todos nos vacinemos e não fujamos à nossa responsabilidade".
"A vacinação é um apanágio dos países desenvolvidos. Uma solução à mão de todos segura e eficaz como os resultados preliminares já mostraram", rematou.