O antigo primeiro-ministro José Sócrates considera que a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de adiar conclusão do inquérito "foi uma decisão gravíssima" e acusa o Ministério Público de criar complexidade para justificar atrasos.
"A decisão da senhora procuradora foi uma decisão gravíssima. Trata-se do quinto adiamento e, desta vez, um adiamento sem prazo. Acho absolutamente inacreditável que o Ministério Público pretenda conduzir os processos penais sem prazo", afirmou José Sócrates aos jornalistas, referindo-se à decisão da PGR de adiar a conclusão do inquérito e emissão de despacho final da 'Operação Marquês'.
O antigo primeiro-ministro sublinhou que aquilo que o Ministério Público provoca é "uma condenação sem julgamento", acusando os responsáveis pelo processo de criarem a complexidade para "justificarem os atrasos e esta campanha de difamação".
"Por favor, não atirem areia aos olhos das pessoas", vincou José Sócrates, que falava à comunicação social após ter discursado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).