Desde o início do ano, Portugal tem 435 casos confirmados de hepatite A, num total de 454 notificados, acordo com o balanço mais recente da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Segundo os dados da DGS, disponíveis no site daquela entidade, dos 454 casos notificados, a grande maioria (88%) diz respeito a homens, e em mais de metade (52%) o contágio deu-se por contacto sexual, tendo 26% “sido adquirida [a doença] por via desconhecida”.
A maioria dos casos notificados (74%) ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Há um mês, Portugal tinha 402 casos confirmados de hepatite A, num total de 425 notificados desde o início deste ano.
A DGS, tendo em conta o surto de hepatite A, reforçou da vacinação antes dos grandes festivais de verão e aconselha a adopção de medidas de prevenção durante estes eventos e, após, a vigilância de sintomas compatíveis com os da hepatite A.
Em Maio, a DGS actualizou a norma sobre a hepatite A e os viajantes deixaram de precisar de submeter o pedido de vacinação à Direcção-Geral da Saúde, bastando ter a prescrição do médico.
Em Abril, com o país em pleno surto de hepatite A, os viajantes com destino a países endémicos para a doença só eram elegíveis para vacinação a título excepcional e o médico prescritor da vacina tinha de contactar previamente a autoridade de saúde.
Segundo a DGS, desde 3 de Abril foram administradas cerca de três mil vacinas, das quais 80% na região de Lisboa e Vale do Tejo, a quase totalidade em contexto de pré-exposição.
A hepatite A é, geralmente, benigna e a letalidade é inferior 0,6% dos casos. A gravidade da doença aumenta com a idade, a infecção não se torna crónica e dá imunidade para o resto da vida.