O Conselho Constitucional francês aprovou esta sexta-feira a maioria das reformas de pensões, incluindo o projeto de lei sobre o aumento da idade da reforma dos 62 para os 64 anos.
O mais alto órgão alta autoridade constitucional da França rejeitou algumas partes da legislação, eliminando seis medidas não vistas como fundamentais para a essência das reformas e rejeitando um referendo sobre a questão do aumento da idade de reforma.
Com a decisão, o governo de Emmanuel Macron pode promulgar a lei já nos próximos dias, tendo indicado que planeia que a mesma entre em vigor a 1 de setembro.
Reforma "inútil e injusta" e a "luta continua". A reação dos partidos
Em reação à decisão, o líder da esquerda, Jean-Luc Melenchon, afirma que a "luta continua".
Do outro lado do espectro político, Marine Le Pen, escreveu que o "destino político da reforma de pensões não está selado" e que cabe ao povo a última palavra para mudar a reforma que considera ser "inútil e injusta".
A medida tem sido vista com resistência, tendo sido organizados já 12 dias de protestos na capital Paris. Em resposta à decisão do Conselho Constitucional, autoridades ergueram barreiras junto ao tribunal como medida de prevenção perante eventuais protestos.
Na decisão, o Conselho indica que as ações do governo de Macron estão em linha com a constituição.