Mudança de sexo aos 16 anos é “muito ilegítimo”
12-04-2018 - 16:58

A Conferência Episcopal Portuguesa sustenta que o facto da masculinidade e feminilidade “não é um acrescento cultural”, mas é algo “constitutivo da pessoa”.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) alerta para as “possíveis repercussões legislativas e educativas quanto à mudança de sexo”, reafirmando preocupações manifestadas nos últimos anos.

No final dos trabalhos da reunião plenária dos bispos portugueses, que decorreu em Fátima, o presidente da CEP, D. Manuel Clemente, defendeu que o facto da masculinidade e feminilidade “não é um acrescento cultural”, mas é algo “constitutivo da pessoa”, considerando que antecipar uma decisão deste género para os 16 anos é “muito ilegítimo”.

Em outubro de 2017, a CEP manifestara a sua “preocupação” perante as propostas que visam permitir a menores de idade a mudança de sexo, mesmo contra a opinião dos pais, a partir dos 16 anos.

Quatro anos antes, os bispos católicos publicaram a carta pastoral "A propósito da ideologia do género", na qual sustentava que “no plano estritamente científico, obviamente, é ilusória a pretensão de prescindir dos dados biológicos na identificação das diferenças entre homens e mulheres”.