Os CTT registaram lucros atribuíveis a detentores de capital de 28,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 7,6% do que o registado em igual período de 2021, indicaram, num relatório hoje divulgado.
No documento, publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa indicou que os rendimentos operacionais gerados entre janeiro e setembro deste ano cresceram 8,1%, atingindo 662,8 milhões de euros, "refletindo o crescimento de todas as áreas de negócio".
A empresa destacou que o segmento de "Correio e Outros" foi "positivamente influenciado nos 9M22 [nove meses de 2022] pelo crescimento do negócio base de soluções empresariais (+38,9 milhões de euros), pela consolidação da NewSpring Services (+14,6 milhões de euros), e penalizado pelo decréscimo acentuado dos rendimentos do correio internacional de entrada (-12,6 milhões de euros), impactado pelo fim da isenção de IVA que ocorreu a partir de 1 de julho de 2021 em produtos extracomunitários de menor valor".
Por sua vez, a atividade de "Expresso e Encomendas" conseguiu "registar uma recuperação num contexto económico desafiador", indicou o grupo, destacando que "Portugal registou no 3T22 [terceiro trimestre de 2022] um crescimento de 4,0% face ao 3T21 (nos 9M22 os rendimentos alcançaram 94,3 milhões de euros (-4,8 milhões de euros; -4,8% face aos 9M21)", sendo que "em Espanha os rendimentos cresceram nos 9M22 para 90,7 milhões de euros, mais 5,8 milhões de euros (+6,8%) do que nos 9M21, tendo-se também registado uma tendência favorável dos rendimentos no 3T22".
Já o Banco CTT continuou a crescer, atingindo rendimentos operacionais de 90 milhões de euros "um aumento de 18 milhões de euros (+24,9%)" em termos homólogos, indicou o grupo, destacando que o "desempenho comercial do Banco CTT continuou a permitir o crescimento dos depósitos de clientes para 2.296,0 milhões de euros (+8,2% face a dezembro de 2021) e do número de contas para 591 mil contas (mais 18 mil do que em dezembro de 2021)".
Por fim, os rendimentos operacionais dos "Serviços Financeiros e Retalho" atingiram "39,5 milhões de euros nos 9M22, mais 4,0 milhões de euros (+11,2%) do que nos 9M21. Verificou-se uma evolução positiva dos rendimentos no 3T22, um crescimento de 3,5 milhões de euros (+29,1%) face ao 3T21", destacou o grupo.
Os CTT revelaram que "os títulos da dívida pública (Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro Poupança Crescimento) apresentaram rendimentos de 19,8 milhões de euros nos 9M22, mais 2,1 milhões de euros (+12,2%)" face ao período homólogo.
No documento, o grupo adiantou que os seus gastos operacionais "totalizaram 619,8 milhões nos 9M22, um crescimento de 52,4 milhões de euros (+9,2%)" em relação a igual período do ano passado. Assim "os gastos com pessoal cresceram 4,2 milhões (+1,6%) face ao período homólogo, essencialmente na área de negócio de Correio e Outros (+4,2 milhões), devido à aquisição da NewSpring Services", sendo que "excluindo a alteração do perímetro de consolidação, estes gastos teriam diminuído 4,5 milhões de euros (-1,7%), em resultado das medidas de aumento de produtividade e foco na eficiência operacional". .
Também os "gastos com fornecimentos e serviços externos aumentaram 14,1 milhões de euros (+6,0%) face ao período homólogo, quer pelo efeito inorgânico da aquisição da NewSpring Services" quer "pelo crescimento do negócio", incluindo "gastos diretos, impactados pelo efeito das eleições", pelas "parcerias" e "pelo material de apoio à venda", pelo "trabalho temporário" e "recursos físicos e tecnológicos".