O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou vários decretos que fortalecem as proteções ambientais naquele país, nomeadamente no que diz respeito à exploração de combustíveis fósseis, abrindo um conflito com a poderosa indústria energética.
Biden cumpre assim uma das suas promessas eleitorais e inverte o rumo deixado por Donald Trump, que liberalizou a exploração de combustíveis fósseis durante os seus quatro anos à frente dos EUA.
Entre as várias medidas está a ordem para suspender novas rendas para a exploração de combustíveis subterrâneos, como petróleo e gás, em terrenos federais. O setor energético já lamentou a decisão, dizendo que vai deixar os EUA mais dependentes de importações numa altura em que o país precisa de lidar com a crise gerada pela pandemia mundial.
Os críticos da indústria energética discordam, contudo, apontando o facto de cerca de metade das rendas já obtidas entre 2014 e 2019, e que não serão afetadas, ainda não terem sido usadas, pelo que a produção não deve diminuir. A medida de Biden afeta apenas terreno federal e não os terrenos que pertencem aos estados nem a propriedade privada.
Para além desta medida de impacto mais imediato, Biden quer que todas os departamentos do Governo federal elaborem estudos para ver como é que as suas áreas serão afetadas pelas alterações climáticas e cria o posto de Conselheiro Nacional para o Clima na Casa Branca. Em abril realizar-se-á ainda uma cimeira de líderes sobre o clima, no Dia da Terra. O tema do clima passará ainda a ser tratado como um assunto de segurança nacional.
Por fim, segundo a imprensa internacional, Biden quer duplicar as energias alternativas, nomeadamente a energia eólica obtida em modo offshore, até 2030.
Ao anunciar as medidas o novo Presidente disse que esta quarta-feira era “Dia do Clima na Casa Branca”.