Mais de mil pessoas desfilaram, este sábado, a partir das 15h20, entre a avenida Almirante Reis e a Alameda, em Lisboa, no âmbito das celebrações do 1º de Maio, organizadas pela CGTP para "lutar pelos direitos e combater a exploração".
A concentração começou no Largo dos Anjos, onde chegaram vários autocarros de diferentes zonas do país, com pessoas para participar no protesto do Dia do Trabalhador.
Os manifestantes cumpriram a obrigação do uso de máscara para proteção da Covid-19, mas a regra do distanciamento foi difícil de cumprir.
Entre as palavras de ordem ouviu-se "o trabalho é um direito, sem ele nada feito" e "tele-exploração enche os bolsos ao patrão".
Além das palavras de ordem ouvidas, os manifestantes ergueram vários cartazes com frases como "Não aos despedimentos, não somos descartáveis".
Alguns dos manifestantes, muitos deles jovens, usaram cravos vermelhos numa alusão ao 25 de Abril e alguns apresentaram-se como representantes de classes de profissionais, nomeadamente da saúde e da polícia.
Estes manifestantes vão ainda juntar-se na Alameda a outros grupos, vindos do Campo Grande, também no âmbito das celebrações do Dia do Trabalhador.
A CGTP não adianta ainda números sobre a participação, mas a Lusa constatou no local que são mais de mil.
As duas centrais sindicais comemoram pela segunda vez o 1.º de Maio em pandemia, a CGTP na rua, como é habitual, mas com menos gente, e a UGT em confinamento, com uma conferência sobre os desafios da negociação coletiva.
A Intersindical vai assinalar o Dia do Trabalhador deste ano com concentrações, desfiles e manifestações em todos os distritos e regiões autónomas, com os devidos cuidados para evitar a propagação da Covid-19, mas sem deixar de tornar esta data numa jornada de luta.
A manifestação na avenida dos Aliados, no Porto, e a da Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, são normalmente o ponto alto das comemorações e este ano voltarão a sê-lo, embora com muito menos participantes, para garantir o distanciamento social imposto pelas regras de combate à pandemia da Covid-19.
"O 1.º de Maio terá uma componente de comemoração, mas será também uma grande jornada de luta, de reafirmação das reivindicações dos trabalhadores", disse à agência Lusa a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
As comemorações do Dia do Trabalhador da CGTP vão decorrer sob o lema "Lutar pelos direitos, combater a exploração" e vão reafirmar a defesa do emprego, do crescimento dos salários, do horário semanal de 35 horas e da melhoria dos serviços públicos.