A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva às eleições presidenciais de outubro no Brasil, pelo Partido dos Trabalhadores, já foi entregue no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O prazo para a formalização da candidatura terminava esta quarta-feira às 23h00, hora portuguesa.

Segundo a lei da “ficha limpa”, Lula, já condenado em duas instâncias, não poderá ser candidato, mas a validação final é do TSE.

Lula da Silva, de 72 anos, é o favorito em todas as sondagens de intenção de voto para as presidenciais, que se realizam em outubro, arrecadando cerca de um terço das intenções de voto, o dobro de qualquer outro candidato.

Leia a carta aberta que o ex-presidente recandidato escreveu após a entrega da documentação. "Quero que o povo possa decidir se me dará a oportunidade de consertar o país”.

No entanto, o antigo Presidente está preso desde 7 de abril, após ser condenado em duas instâncias da Justiça brasileira, num processo em que é acusado de ter recebido um apartamento do luxo na cidade litoral do Guarujá como suborno da construtora OAS, em troca de favorecer contratos da empresa com a petrolífera estatal Petrobras.

No mesmo dia realizou-se uma marcha organizada por apoiantes do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva a favor da sua participação nas eleições presidenciais de outubro reúne milhares de pessoas em Brasília, capital do país.

Segundo informações dos organizadores, a manifestação reúne cerca 40 mil pessoas, enquanto a polícia militar do Distrito Federal indicou 10 mil participantes.

No local, foram colocadas faixas por militantes do PT e integrantes de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e organizações quilombolas (descendentes de negros que foram escravizados no Brasil) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Os manifestantes caminham cantando e empunhando cartazes, e vestindo camisolas com a frase "Lula Livre".