No Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, o Papa Francisco participou na maratona" online" de oração que reuniu, durante sete horas, pessoas dos cinco continentes. Numa mensagem vídeo, Francisco apontou três ações concretas para combater o fenómeno: promover uma economia que cuide das pessoas, com regras de mercado que promovam a justiça e que saiba conjugar corajosamente “o lucro legítimo com a promoção do emprego e de condições dignas de trabalho”.
O Papa defendeu uma “economia sem tráfico de pessoas” que ofereça emprego para uma construção social segura. A proposta de Francisco passa por consolidar “gestos concretos, que abram caminhos para a emancipação social de toda pessoa escravizada para voltar a ser protagonista livre da própria vida”.
O Papa pediu também “audácia para uma construção paciente que não vise única e exclusivamente a vantagem a curtíssimo prazo, mas considere os frutos a médio e longo prazo e, sobretudo, as pessoas”.
O Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas coincide com a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita (1869-1947) - escrava sudanesa que, depois de convertida seguiu a vida religiosa - símbolo do compromisso da Igreja contra a escravatura.