A circulação rodoviária na entrada e saída de Portugal pela fronteira de Vilar Formoso, distrito da Guarda, está normalizada, depois do protesto de agricultores espanhóis perto de Fuentes de Oñoro, Espanha, ter sido desmobilizado pelas 22h00 (21h00 em Lisboa) desta segunda-feira.
Fonte da GNR da Guarda adiantou à agência Lusa que o trânsito já se encontrava normalizado, depois da desmobilização do protesto espanhol.
Os agricultores cortaram a circulação nos dois sentidos nas duas vias que unem os dois países, a autoestrada E-80 e a Nacional N-620, perto de Fuentes de Oñoro.
A circulação esteve interrompida desde as 08h00 (07h00 em Lisboa), altura em que os agricultores bloquearam as vias com dezenas de tratores e veículos agrícolas, divulgou a agência Efe.
A mesma agência noticiou hoje à noite que os manifestantes acabaram por se retirar, encerrando o longo corte desta importante via entre os dois países, apesar de alguns estarem a considerar a possibilidade de manter o bloqueio das estradas fronteiriças durante esta madrugada, tendo em conta que se esperam novos protestos esta semana em toda a província.
O protesto permitiu ao longo do dia a passagem de alguns carros e autocarros, bem como de todos os veículos de emergência, não tendo sido registado nenhum incidente.
Este protesto não teve autorização das autoridades nem foi convocado por organizações agrícolas, mas faz parte das mobilizações de agricultores através de grupos da rede social WhatsApp que decorrem desde a semana passada em Zamora, León, Valladolid e Salamanca.
As quatro organizações agrícolas de Salamanca, que não participam nestes grupos informais de manifestantes, alertaram hoje que o protesto que convocaram para esta quinta-feira, que poderá prolongar-se até sexta-feira, dia 9, será contundente e não consistirá simplesmente em "andar com o trator".
ASAJA, UPA, COAG e UCCL esperam que pelo menos 400 tratores inundem as estradas regionais e nacionais de Salamanca esta quinta-feira até se reunirem por volta das 13h00 (12h00 em Lisboa) em frente à subdelegação do Governo na cidade, onde terão uma assembleia aberta para decidir se vão continuar o protesto na sexta-feira.
Os agricultores exigem melhores condições, à semelhança do que sucedeu em Portugal na semana passada e nas últimas semanas em vários países da União Europeia.