O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, mantém-se no Governo porque "mentir, faltar à verdade, não é para o primeiro-ministro muito grave, é normal", acusa o presidente do PSD, Rui Rio.
No final da audiência com o Presidente da República sobre o estado de emergência, Rio foi questionado se entende que o caso da venda de seis barragens pela EDP já deveria ter tido consequências políticas.
"É muito difícil eu responder a isso, sempre disse que compete ao primeiro-ministro decidir se os seus ministros continuam em funções ou se saem, só posso dizer como atuaria se eu fosse primeiro-ministro", começou por dizer.
E acrescentou: "Nesta circunstância, penso que o mais provável - depois do aconteceu com o ministro Eduardo Cabrita, depois do que aconteceu com a ministra da Justiça - é que o primeiro-ministro mantenha também em funções o ministro do Ambiente porque mentir, faltar à verdade não é para o primeiro-ministro muito grave, é normal", criticou.
"Tenho de admitir que no Governo dele seja normal, no meu não seria", assegurou, acrescentando não antecipar uma "atitude diferente" quanto ao ministro João Pedro Matos Fernandes.
"Então tinha de os mandar todos embora. Eu sinceramente acho isto intolerável, à medida que o tempo avança outros ministros se sentirão à vontade para fazer o mesmo", acrescentou.