Há advogados portugueses a disponibilizarem-se para ajudar os refugiados ucranianos que queiram vir para Portugal. Em declarações à Renascença, o bastonário saúda a iniciativa e revela que a Ordem funcionará como agregador e plataforma de todos esses contactos.
“Perante esta boa vontade que muitos colegas nos manifestaram e que nós consideramos muito louvável – corresponde à tradição dos advogados e da sua Ordem estarem sempre a apoiar os mais vulneráveis – a Ordem resolveu estabelecer um canal para recolher todas essas ofertas e iremos depois transmitir à embaixada da Ucrânia e à Associação Nacional dos Advogados da Ucrânia”, avança.
Deste modo, os cidadãos ucranianos que estejam em Portugal, “mas também os que estão na Ucrânia e que tenham planeada alguma deslocação a Portugal”, poderão, através dessa plataforma, “tratar da documentação necessária para que se consiga acolher os muitos refugiados ucranianos que, infelizmente, nesta hora tão difícil, estamos a contar receber em Portugal”, conclui Menezes Leitão.
Num comunicado divulgado neste domingo, o bastonário da Ordem dos Advogados considera a invasão da Ucrânia uma “guerra de agressão vergonhosa que foi lançada contra um país livre e soberano”.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados que chegaram a vários países vizinhos, como a Polónia, a Hungria, a Moldávia e a Roménia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, tendo sido aprovadas sanções pesadas contra a Rússia.
O terceiro pacote de sanções envolve o sistema financeiro. Sete bancos russos vão ser excluídos do sistema SWIFT e “desconectados do sistema financeiro”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no sábado à noite.