Bombeiros sapadores de todo o país estão concentrados em frente à Assembleia da República esta terça-feira. Os profissionais reivindicam o subsídio de risco, tal como tem feito a PSP e a GNR.
"Todos os sapadores a nível nacional sentem-se injustiçados com a atualidade", diz à Renascença Pedro Costa, da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais. "O que nós viemos cá reivindicar não é nada menos que sejamos considerado uma profissão de desgaste rápido, que não é, que tenhamos direito nem mais nem menos, mas o mesmo subsídio de risco que as restantes forças de segurança e também reivindicamos que a nossa tabela salarial seja revista.
Indicando que a tabela salarial não é revista "desde 2002", Pedro Costa avançou que os bombeiros não vão parar de se manifestar até terem as reivindicações satisfeitas e lamentou as condições dos sapadores no Porto.
"A Câmara do Porto não nos paga, aos operacionais do Regimento de Sapadores do Porto, o mesmo subsídio de refeição que paga aos restantes trabalhadores", declarou Pedro Costa. "Os restantes trabalhadores recebem 22 dias de subsídio de refeição e os operacionais do Regimento auferem entre cinco a seis a menos. Nós achamos que é uma injustiça, porque no fundo, nós até trabalhamos mais horas do que os restantes trabalhadores", declarou.
De acordo com a Lusa, mais de 500 bombeiros sapadores estão reunidos frente à Assembleia da República. O protesto apenas deve terminar às 21h.
Um conjunto de dirigentes dos bombeiros sapadores portugueses concentrou-se junto ao Palácio de Belém na semana passada, pedindo ao Presidente da República apoio para as suas reivindicações e exigindo um tratamento semelhante ao resto das forças de segurança por parte do Governo.