Guimarães vai ter uma equipa multidisciplinar a contribuir ativamente para a reconstrução de cidades devastadas pela guerra, na Ucrânia, “partilhando o seu conhecimento técnico e científico nas áreas da ‘Economia Circular e Gestão de Resíduos’ e ‘Espaço público inclusivo/habitável e planeamento urbano integrado’, informa a autarquia em comunicado.
A cidade é uma das 36 cidades europeias – sendo a única representante nacional – selecionadas no âmbito do projeto "Sustainable Rebuilding of Ukrainian cities”, lançado pela rede Eurocities.
Segundo a autarquia foi o “trabalho que a cidade de Guimarães tem vindo a desenvolver nestas áreas da sustentabilidade, assim como as estratégias participativas e de envolvimento dos cidadãos”, que levou à escolha do concelho para a integração no ‘Sustainable Rebuilding of Ukrainian cities’, que resulta de uma proposta debatida entre as cidades que integram a Eurocities.
O projeto resultou da última Assembleia-Geral da Rede Europeia de Cidades EuroCities (em Espoo, na Finlândia), onde Guimarães esteve representada.
Também e no seguimento do trabalho que Guimarães tem realizado para o apoio à Ucrânia, o Laboratório da Paisagem, entidade participada pelo município, aderiu à iniciativa “Science For Ukraine”, acolhe uma investigadora na área da Economia Circular.
“Trata-se de um grupo comunitário internacional de pesquisadores e estudantes voluntários, cuja missão é apoiar a comunidade académica da Ucrânia, garantindo a continuidade da sua presença junto das comunidades científicas após o conflito com a Rússia”, explica a autarquia.
Compromisso Espoo para a reconstrução da Ucrânia
O projeto-piloto da rede Eurocities, do qual Guimarães faz agora parte, é segundo a autarquia, “uma iniciativa fundamental para apoiar a implementação do Memorando de Entendimento, assinado pela Eurocities e os seus parceiros ucranianos, em agosto de 2022”.
“Reunindo conhecimentos técnicos dos membros da rede e combinando-os com as necessidades das cidades ucranianas, o projeto pretende capacitar e mobilizar parcerias locais para a reconstrução sustentável de determinados pontos daquele país”, lê-se no documento enviado à Renascença.
O “Sustainable Rebuilding of Ukrainian cities” tem uma execução inicial de cerca de um ano e vai combinar 10 a 15 cidades membros da Eurocities com suas contrapartes ucranianas, potenciando não só as relações de parceria já existentes como criando novas oportunidades de sinergia.
“O projeto permitirá entender melhor as necessidades ucranianas, testar métodos de trabalho e produzir um plano de reconstrução guiado pela neutralidade climática e práticas de desenvolvimento sustentável, refletindo de perto os objetivos do Pacto Ecológico Europeu”, conclui o documento.