(Ouça a reportagem do jornalista Sérgio Costa, enviado especial da Renascença ao Brasil.)
Mafalda e Rodrigo chegam à assembleia de voto em São Bernardo do Campo, município nos arredores de São Paulo, e não deixam dúvidas. O voto é em Lula. Trazem t-shirts, bandeiras e vários adereços de apoio ao ex-presidente que já tinha votado, um pouco antes, no mesmo local. No Brasil, a campanha faz-se até à última, até todos os votos estarem submetidos.
Com sorrisos, os brasileiros começam por dizer ser uma grande emoção votar no mesmo local onde o candidato da sua preferência exerceu o direito de voto."É um simbolismo muito grande. É o lugar onde começa a democracia para a gente. A gente vai expandir isto para o resto do Brasil", diz Rodrigo.
Os dois manifestam esperança, dizem ser urgente devolver a democracia ao país.
"É o momento de a gente devolver a democracia para o nosso país, é com muito orgulho que ele tem a humildade de ainda defender esse país. Foi cruel o que fizeram com ele [nas últimas eleições], para ele não ser eleito", afirma Mafalda.
E depois das eleições? Os dois recuperam as palavras de Lula da Silva: dizem não temer reações inflamadas e que quem perder tem de respeitar os resultados.
"Eles querem-nos intimidar, mas nós somos fortes. E nós estamos aqui para vencer, porque a gente acredita que o amor vai vencer o ódio. Não vai ter violência, não, porque a gente vai vencer no primeiro turno", diz Mafalda.
Mas há quem seja mais contido, prefira não revelar o sentido de voto numa terra que mostra ser maioritariamente a favor de Lula. O essencial é garantir melhorias sociais, diz este eleitor que preferiu não dizer o nome: "mais emprego, mais saúde, mais educação de qualidade".
O desejo de todos os brasileiros à boca das urnas: melhorar o país.