Professores advertem: Há mais indisciplina nas salas de aula
20-05-2015 - 09:47
• André Rodrigues
Falta de participação dos alunos e diálogos paralelos durante as aulas são as situações mais reportadas em estudo da Universidade do Minho que é apresentado esta quarta-feira, no parlamento. A indisciplina grave é residual.
Um estudo que está a ser desenvolvido há cinco anos pela Escola de Psicologia da Universidade do Minho conclui que 85% dos professores acreditam que a indisciplina na sala de aula está a aumentar ou a aumentar significativamente.
“É um fenómeno percepcionado”, diz à Renascença o coordenador do estudo, João Lopes. “Se tivéssemos feito esta pergunta há cinco ou dez anos, os professores respondessem da mesma maneira”, admite o especialista em Psicologia da Educação, convicto de que o mesmo acontecerá “se a fizermos daqui a 10 ou 15”.
É uma questão estrutural. Para cada pessoa, a sua percepção “é um facto”, explica.
Os professores queixam-se de défices de formação para lidarem com a indisciplina - 60% dos docentes inquiridos dizem que nunca receberam qualquer tipo de formação. Dos restantes 40%, só uma percentagem muito residual admite ter recebido mais de 25 horas de formação específica nessa área.
A realidade revela também que os casos de indisciplina grave são residuais. O estudo da Universidade do Minho não quantifica o fenómeno, mas João Lopes afirma que “a esmagadora maioria dos comportamentos de indisciplina na sala de aula são comportamentos ligeiros”. Por exemplo? “A desatenção, o não envolvimento na aula", porque "os comportamentos mais graves são referidos como muito pouco frequentes”.
As conclusões do estudo da Universidade do Minho vão ser apresentadas, esta quarta-feira, na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que promove uma conferência sobre indisciplina em meio escolar.
“É um fenómeno percepcionado”, diz à Renascença o coordenador do estudo, João Lopes. “Se tivéssemos feito esta pergunta há cinco ou dez anos, os professores respondessem da mesma maneira”, admite o especialista em Psicologia da Educação, convicto de que o mesmo acontecerá “se a fizermos daqui a 10 ou 15”.
É uma questão estrutural. Para cada pessoa, a sua percepção “é um facto”, explica.
Os professores queixam-se de défices de formação para lidarem com a indisciplina - 60% dos docentes inquiridos dizem que nunca receberam qualquer tipo de formação. Dos restantes 40%, só uma percentagem muito residual admite ter recebido mais de 25 horas de formação específica nessa área.
A realidade revela também que os casos de indisciplina grave são residuais. O estudo da Universidade do Minho não quantifica o fenómeno, mas João Lopes afirma que “a esmagadora maioria dos comportamentos de indisciplina na sala de aula são comportamentos ligeiros”. Por exemplo? “A desatenção, o não envolvimento na aula", porque "os comportamentos mais graves são referidos como muito pouco frequentes”.
As conclusões do estudo da Universidade do Minho vão ser apresentadas, esta quarta-feira, na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que promove uma conferência sobre indisciplina em meio escolar.