O ministro da Administração Interna anunciou esta quarta-feira um reforço da Rede Nacional de Segurança Interna, estando previsto para 2023 um investimento de 17,4 milhões de euros em meios de cibersegurança, adiantou aos deputados.
Na apreciação da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) na especialidade, esta manhã no Parlamento, José Luís Carneiro avançou que no próximo ano “continuará a ser feito o investimento previsto em tecnologias da informação e comunicação”, preparando o Ministério da Administração Interna (MAI) para “uma transição digital segura”.
Esse investimento, explicou o ministro, pretende “reforçar a segurança da Rede Nacional de Segurança Interna, fortalecendo os meios de cibersegurança” em 17,4 milhões de euros.
O responsável da tutela destacou que 3,1 milhões de euros do orçamento da Administração Interna serão usados para a partilha de recursos e soluções entre as forças e serviços de segurança, através da integração das estruturas de apoio técnico e de suporte logístico de forma gradual, “eliminando redundâncias e libertando recursos humanos para a área operacional”.
José Luís Carneiro avançou igualmente que, em 2023, vão ser investidos 11,5 milhões de euros na nova geração de centros operacionais do 112, que permitirão a geolocalização de chamadas, uma nova aplicação para surdos e a interoperabilidade com os centros operacionais europeus.
Segundo o ministro, os sistemas de informação Schengen vão ser atualizados em oito milhões de euros e o sistema europeu de informação e autorização de viagens em cinco milhões de euros.
Governo já pagou 35 milhões aos bombeiros
José Luís Carneiro referiu ainda que vão ser investidos na rede de comunicações de emergência do Estado SIRESP 36,5 milhões de euros, a que acrescem, a cinco anos, mais 75 milhões no âmbito do concurso público internacional e mais 38,5 milhões de euros em outros investimentos.
No Parlamento, o ministro garantiu ainda que "nos últimos dias" já foram pagos aos bombeiros 35 milhões de euros.
"Para despesas extraordinárias, algumas delas que estavam a transitar de 2021 que careciam de confirmação, mais 1 milhão e 236 mil euro, e mais 1 milhão e 630 mil euros para combustíveis, o que significa que os pagamentos efetuados nos últimos dias foram de 35 milhões e 154 mil euros, o que responde a todas as preocupações que havia do conjunto das respetivas associações."
[atualizado às 11h52]