Os professores vão poder optar entre recuperar de uma só vez parte do tempo de serviço que esteve congelado para progredir na carreira ou de uma forma faseada entre 2019 e 2021.
Esta sexta-feira de manhã, durante uma visita à Futurália - Feira de Educação, Formação e Emprego, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), o ministro da Educação disse aos jornalistas que os professores “vão poder escolher o melhor de dois mundos”.
O decreto aprovado ontem em Conselho de Ministros estende às carreiras especiais da função pública um mecanismo semelhante ao que foi aprovado para os professores, dando-lhes assim a possibilidade de optar por esta nova solução.
Tiago Brandão Rodrigues refere que “os docentes podem receber o bolo total" e ressalta que "são os únicos que o podem fazer".
"Aqueles que iriam receber o tempo mais tarde vão poder utilizar a opção do resto das carreiras especiais e comprimir no tempo e receber tudo de uma vez”, explicou o governante. "É uma boa notícia para os professores, que vão ver os dois anos, 9 meses e 18 dias [recuperados] mais cedo”.
Contudo, este não é o tempo reivindicado pelos sindicatos de professores, que continuam a exigir a contagem integral do tempo que esteve congelado, os 9 anos, 4 meses e dois dias.
Questionado pela Renascença sobre a possibilidade de greves que vão afetar o terceiro período do ano curricular em curso, Tiago Brandão Rodrigues lembra que “há uma agenda dos sindicatos, mas o Ministério está atento" e diz acreditar "que estas lutas não vão interferir na educação dos nossos jovens”.
O decreto dos professores que mitiga o tempo de serviço que esteve congelado vai ser discutido a 18 de abril na Assembleia da República por iniciativa do PSD, PCP e Bloco de Esquerda,que pediram a apreciação parlamentar do diploma.