A guerra na Síria causou pelo menos 2.826 mortos durante o mês de Março, um número semelhante ao de Fevereiro, em que foram registadas 2.854 mortes, informa o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A organização não-governamental (ONG) especificou que entre as vítimas mortais havia pelo menos 858 civis, dos quais 141 eram menores de idade e 131 eram mulheres.
Desses civis, 288 foram mortos pelos bombardeamentos da aviação governamental síria e russa, 76 por disparos de projécteis das forças do regime e sete devido a torturas nas prisões do Presidente sírio, Bashar al Assad.
Outras 31 pessoas foram mortas pelo impacto de projécteis de facções rebeldes e islâmicas, e sete pelo grupo Estado Islâmico (EI), enquanto cerca de 15 foram assassinadas pelo EI e cinco por facções islâmicas.
Além disso, 14 civis perderam a vida por causa de bombardeamentos turcos e disparos da guarda fronteiriça turca, assim como outros 281 foram vitimados por bombardeamentos da coligação internacional, liderada pelos EUA, e quatro pelas Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas.
Nesta contagem, outros 57 cidadãos morreram em atentados com carros bomba e perpetrados por bombistas suicidas, que transportavam cintos de explosivos.
Na repartição desta conta, a ONG atribui ainda oito mortes à falta de medicamentos no país e 46 à explosão de minas. Os 19 restantes morreram por motivos que o Observatório desconhece.
A estas vítimas somam-se 43 cidadãos oriundos do Iraque e xiitas, que morreram em duas explosões no centro de Damasco, reivindicadas pelo EI.
Do lado do regime, morreram 304 membros das forças regulares, 407 integrantes de milícias pró-governamentais sírias, cinco combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah e 21 guerrilheiros xiitas de outras nacionalidades.
Por outro lado, cerca de 426 elementos das diferentes facções rebeldes, entre elas as FSD, também morreram.
Para finalizar o balanço, a ONG destacou que 762 membros de grupos radicais, entre eles o EI e a Organização Libertação do Levante (aliança formada em torno da ex-filial síria da Al-Qaeda) perderam a vida.
A Síria é desde há quase seis anos cenário de um conflito de já causou mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório.