O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, foi este domingo muito crítico para com os trabalhadores do SEF que decidiram marca um plenário para hoje entre as 6h00 e as 9h00 no aeroporto de Lisboa.
“O país não pode ficar dependente dos trabalhadores, naturalmente exercitando os seus direitos fundamentais, é evidente que o país não pode bloquear por que se entende convocar um plenário de trabalhadores na altura em que o país mais é procurado por visitantes de todo o mundo, que o querem conhecer”, disse Carneiro, em Lamego, à margem da comemoração do Dia do Bombeiro.
Ainda assim, o ministro disse que conta com os profissionais do SEF “que não concordam com aquilo que hoje foi feito”, ou seja, marcar um plenário para o momento que “se sabe que é a altura em que mais turistas chegam ao nosso país”.
José Luís Carneiro acrescentou que naquele período de tempo, chegam entre 3.500 e 4.000 passageiros ao país, e que mesmo com todas as boxes do aeroporto a funcionar – são 16 no total – “há uma exigência e uma procura muito forte”.
“Significa que se nessas horas houverem trabalhadores que bloqueiam a entrada de quem nos procuram, estão a contribuir para criar dificuldades acrescidas, incompreensíveis para o regular funcionamento do aeroporto”, sublinhou.
Já antes, o mesmo José Luís Carneiro tinha avançado que o Governo vai reforçar a integração dos agentes da PSP no apoio ao SEF, para garantir “uma resposta mais célere no encaminhamento para as boxes de serviço na primeira linha de apoio e entrada no país”.
Já foram formados 86 agentes da PSP e militares do GNR para serem integrados no SEF. Tal deve acontecer a partir do início de julho.
Uma reunião de trabalhadores realizada, este domingo, por um dos três sindicatos do SEF, entre as 6h00 e as 9h00, provocou constrangimentos na área das chegadas do Aeroporto de Lisboa.
De acordo com estimativa da ANA Aeroportos, esta reunião de trabalhadores terá afetado mais de 4.500 passageiros.
Os passageiros de voos que chegaram de fora da europa e esperaram entre quatro a cinco horas no controlo dos passaportes.