Numa noite em que a nota de maior destaque se centrou no antigo treinador do Benfica, Sven Goran Eriksson, e na homenagem que lhe foi prestada num Estádio da Luz cheio como um ovo, a equipa escolhida por Roger Schmidt para defrontar o Marselha conseguiu acabar em vantagem, ainda que a passagem às meias-finais da Liga Europa não tenha ficado garantida.
A vantagem de um golo é escassa, se tivermos em conta que o segundo jogo vai ter lugar no Velódromo, no sul de França, onde a equipa local costuma criar enormes problemas aos seus adversários, sobretudo devido a dois factores decisivos: antes de mais pela garra com a equipa que se entrega sempre ao jogo e a leva muitas vezes a alcançar um triunfo, e depois porque o décimo-segundo jogador costuma ter muita influência no decorrer dos desafios e no resultado final.
Ontem, no Estádio da Luz, o Benfica chegou com alguma facilidade à vantagem de dois golos, no fundo como corolário da evidente superioridade da equipa portuguesa reconhecida até antecipadamente.
Só que aos 67 minutos os marselheses reduziram a diferença, e a partir dessa altura passaram a ser a melhor equipa em campo, tendo também para isso contribuído a quebra física que alguns jogadores benfiquistas passaram a evidenciar.
Daqui por uma semana, no Velódromo, o Benfica não vai encontrar facilidades, também pela circunstância de a formação contrária já poder contar com alguns dos seus jogadores mais influentes, que se têm mantido lesionados.
Resumindo, a qualificação é perfeitamente possível, para conseguir alcançar esse desiderato mas o Benfica terá de ser mais intenso no jogo, e Roger Schmidt tem igualmente de ser capaz de ter outra atitude no comando da equipa, sobretudo no que respeita ao tempo e ao modo como fazer as substituições.