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Sem grandes meios para a campanha, o candidato do partido Reagir – Incluir – Reciclar (RIR) às eleições legislativas da Madeira está a apostar no contacto porta a porta para apelar ao voto no partido “capaz de fazer a diferença”.
Os cartazes que acompanham o candidato Roberto Vieira, que estão espalhados um pouco por toda a ilha, são “feitos em cartão recolhido e que seria para deitar no lixo”. Não têm fotografias. E para escrever a frase “Vota RIR” são “usados restos de tintas, oferecidos por populares, dando o mote para uma das bandeiras do partido que é o reagir, incluir e reciclar” e, desta forma simbólica, explica o candidato, “mostrar que é possível passar uma mensagem sem esbanjar dinheiro dos contribuintes”.
Esta segunda-feira, a campanha fez-se porta a porta nas zonas altas de Santo António e São Roque, no Funchal, para criticar a governação de Miguel Albuquerque do PSD e chamar a atenção dos moradores destes locais para as promessas do candidato do partido socialista, Paulo Cafôfo, enquanto candidato à presidência da Câmara do Funchal que “ficaram quase todas por cumprir”.
Segundo Roberto Vieira, “uma delas foi a legalização das casas, ditas clandestinas, que não passou de uma mentira Cafofiana, patrocinada pelo CDS-PP. Esta foi uma bandeira para o professor Paulo Cafôfo chegar ao poder, com a ajuda de um CDS comprometido e desnorteado”.
“O Partido Socialista de Paulo Cafôfo, com a ajuda do CDS-PP, aprovou um PDM, que veio desvalorizar todos os terrenos das zonas altas, bem como dificultar a construção de novas habitações”, denuncia o candidato do RIR.
Ricardo Vieira entende que a Madeira precisa de mudar, porque “já são muitos anos de PSD no governo e os madeirenses precisam de melhor”.
O objetivo do partido é “eleger deputados ao parlamento madeirense, para fazer diferente e melhor”, afirma Roberto Vieira, admitindo que “o trabalho é árduo e é difícil chegar à população, porque não temos recursos, nem meios financeiros, mas pensamos em ter um bom resultado para fazer a diferença e implementar políticas que sirvam os madeirenses”.
Questionado pela Renascença se está disponível para viabilizar um Governo Regional, Ricardo Vieira garante que “o partido está disponível para facilitar uma possível governação, mas não tem que ser com Paulo Cafôfo ou com Miguel Albuquerque, poderá ser com um dos 47 candidatos, porque, sendo eleitos deputados, poderá qualquer um deles ser presidente do Governo Regional”.
O partido RIR concorre na Madeira com 94 candidatos independentes e “será a maioria a decidir, se depois das eleições apoia Miguel Albuquerque ou Paulo Cafôfo”, sendo que o candidato Roberto Vieira não apoiará o candidato do partido socialista porque “enganou a população e quem mente não merece a confiança”.