Sérgio Figueiredo recusou o convite de Fernando Medina para para ser consultor do Ministério das Finanças, depois de muitas críticas à escolha para o cargo.
O antigo diretor de informação da TVI diz, num artigo publicado esta terça-feira no Jornal de Negócios, que "desiste" e que foi considerado culpado de "um crime que não cometi".
“Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo, sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela minha assinatura”, pode ler-se no texto.
"Ficou insuportável tanta agressividade e tamanha afronta, tantos insultos e insinuações. Não tolero estes moralistas sem vergonha, analistas sem memória. Vergo-me aos assassínios de caráter, atingido pela manada em fúria, ferido por um linchamento público e impiedoso. É lixado desistir. É a forma mais definitiva de dizermos que não vale a pena – e não vale a pena, porque não vale tudo", lamenta.
Sérgio Figueiredo refere que as críticas feitas à sua nomeação para o cargo de consultor são "mentiras, logros, intrujices ou, simplesmente, maledicências".
De acordo com o que foi confirmado pela Renascença junto do Ministério das Finanças, Sérgio Figueiredo teria assinado um contrato de dois anos no valor de 140 mil euros, o que significa um salário bruto mensal de 5.832 euros, mais mil euros que o salário bruto do próprio ministro das Finanças, que é de cerca de 4.700 euros.
O antigo diretor de informação seria consultor de Medina para “o desenho, implementação e acompanhamento de políticas públicas”.