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"Pedro Nuno Santos está ao meu lado neste momento difícil", afirma Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, em entrevista à Renascença.
Frederico Pinheiro, que esteve esta semana na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP, revela que já conversou com o "amigo" Pedro Nuno Santos sobre a sua exoneração.
"Nos tempos difíceis, estive sempre ao lado do Dr. Pedro Nuno Santos e obviamente que o Dr. Pedro Nuno Santos também está ao meu lado, como muitos amigos, neste momento difícil", afirma o ex-adjunto de João Galamba, neste exclusivo rádio na Renascença.
A Renascença tentou contactar Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e da Habitação, mas até ao momento sem sucesso.
Sobre os incidentes de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas, Frederico Pinheiro acusa Galamba de, numa conversa telefónica, ameaçar dar-lhe dois murros. O antigo assessor garante, por outro lado, que não ameaçou o ministro, ao contrário do que disse o governante na CPI.
"Não ameacei. Depois de me de me despedir, eu digo ao senhor ministro que despedir-me por telefone dizia muito da pessoa que o senhor ministro era. E o Dr. João Galamba diz-me: 'Se eu despedisse pessoalmente, ainda te dava dois socos'. São estas as afirmações", indica Frederico Pinheiro.
Nesta entrevista à Renascença, o ex-adjunto revela que há testemunhas que o agente do SIS, que lhe telefonou para recuperar o computador, não falou apenas consigo, falou com outras pessoas que estavam consigo, naquele momento, uma das quais é jurista. Reafirma que foi alvo de "ameaças" pelo SIS.
Frederico Pinheiro, que foi exonerado e acusado de roubar o computador de serviço, admite que está a ponderar avançar com uma queixa contra o primeiro-ministro, António Costa, e João Galamba.