O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, acusa a ministra de Saúde de “insensibilidade” perante os constrangimentos que estão a afetar as urgências de muitos hospitais do país.
“Há uma atitude de insensibilidade em relação a este problema”, disse aos jornalistas Jorge Roque da Cunha, no final da reunião que manteve com Marta Temido.
“Estávamos à espera que fossem apresentadas soluções muito concretas sobre um problema como este, que não é de agora, mas parece-me que há muita insensibilidade”.
"A ministra da Saúde não tem a noção da gravidade do está a ocorrer nos serviços de obstetrícia" e que ”está a acontecer na medicina interna, na anestesiologia, está a acontecer um pouco por todo o Serviço Nacional de Saúde, porque há um paradigma que está a ocorrer: em vez de investir no Serviço Nacional de Saúde, estão a apostar em trabalho precário", criticou o presidente do SIM.
Também a Federação Nacional dos Médicos saiu insatisfeita deste encontro. O seu presidente, Noel Carrilho, lamentou que não tivessem sido discutidas soluções rápidas e concretas para resolver este problema.
"Saímos sabendo o mesmo, porque não temos nenhuma tipo de proposta que nos tenha sido transmitido pela senhora ministra, o que nos dececiona. Ficámos de saber, conjuntamente com o resto da população, quais serão essas medidas", disse, insatisfeito.
[Notícia atualizada às 7h00 de dia 14 de junho]