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A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) estimaque repor a situação existente antes do início da greve pode demorar até cinco dias, mas, a partir desta tarde, deverá retomar-se a normalidade dos abastecimentos.
“Acreditamos que [regularizar] tudo, portanto uma situação igual à existente antes do início da greve, poderá demorar até cerca de cinco dias, mas grande parte das situações estarão regularizadas antes disso”, disse à agência Lusa o presidente da Apetro, António Comprido.
O responsável adiantou que “a partir de amanhã [sexta-feira] já deverá haver uma situação normal em muitos casos, mas a totalidade só depois do fim de semana”.
E “admitindo que se vai trabalhar - e temos indicação que isso vai acontecer - durante o fim de semana”, salientou.
Questionado sobre se já tem indicações de que os abastecimentos estão a ser reforçados desde o anúncio do fim da greve dos motoristas de matérias perigosas, que ocorreu hoje pelas 8h00, António Comprido referiu que as associadas da Apetro estão a trabalhar para que se retome a normalidade dos abastecimentos a partir da tarde de hoje.
“As informações que nos chegam das associadas é que estão a trabalhar em termos de planeamento de cargas para que rapidamente, a partir desta tarde, se retome a normalidade dos abastecimentos e até que isso seja feito com um reforço ao longo dos próximos dias para repor a situação o mais depressa possível”, afirmou o responsável da Aperto.
A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou hoje de manhã, depois de o sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo ao início da manhã.
Em conferência de imprensa, às 08h00, o ministro das Infraestruturas destacou a garantia de “paz social” acordada entre os motoristas de matérias perigosas para o processo negocial e referiu uma “normalização gradual” do abastecimento de combustíveis no país, apontando que a primeira reunião negocial decorrerá no dia 29.
No acordo assinado, a ANTRAM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas comprometem-se a concluir até dia 31 de dezembro um processo de negociação coletiva.
Este processo, de acordo com o documento distribuído aos jornalistas hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, visa “promover e dignificar a atividade de motorista de materiais perigosos” e será acompanhado pelo Governo.
A negociação coletiva deverá assentar nos seguintes princípios de valorização: individualização da atividade no âmbito da tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos específicos.
A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas teve início às 00h00 de segunda-feira, convocada pelo SNMMP.