Fernando Santos não é indiferente ao facto de ter alcançado 100 jogos como selecionador nacional e garante que, dependendo da confiança que tem no seu trabalho e dos jogadores, até pode chegar aos 200.

Em conferência de imprensa, após a vitória (2-0) sobre a República Checa, a contar para a Liga das Nações, o selecionador nacional admite que "tem sabor especial" e que espera chegar ainda mais longe:

"Não sou indiferente a estas coisas, mas mais importante é juntar um Mundial a outras grandes alegrias que já demos aos portugueses. (...) O futuro não me pertence. Não sei como será o futuro, sei é que dou sempre o meu melhor. Quem confiasse em mim como confio acreditaria que podia fazer 100 jogos. E pensaria que quem faz 100 pode fazer 200."

Fernando Santos também não se coíbe de reconhecer que chegar aos 100 jogos como selecionador de Portugal é algo que o "enche de orgulho".

"Humildade a mais é presunção, já dizia a minha avó. Vou continuar a fazer o meu trabalho como sempre fiz. Desde os 17 anos que estou no futebol, é uma carreira que me enche de orgulho. Mas isto que está aqui [prémio pelos 100 jogos como selecionador] não é meu", salienta.

Sem os jogadores nada seria igual

O Engenheiro, com obra feita mas de design pouco consensual, partilha os louros com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, pela confiança, e todos os que consigo trabalham.

Acima de tudo, no entanto, partilha o prémio com os jogadores:

"Sem eles, sem os golos deles, a maneira de jogar deles, a criatividade deles, a capacidade deles, não ganhava ou ganhava menos vezes. Se calhar já não estava aqui. Estes meus 100 jogos refletem isso."