Está decidido e votado: a comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos vai prolongar-se por mais três meses. O prazo dos trabalhos estava prestes a terminar.
Esta sexta-feira de manhã, os deputados votaram um projeto de resolução que propõe que a comissão funcione por mais 90 dias. A proposta foi aprovada com unanimidade, ou seja, todas as bancadas votaram a favor da extensão dos trabalhos.
O caso do furto de armas, ocorrido em 2017, ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos militares da PJM e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo, um ex-militar de nome Paulino.
O furto de material de guerra foi detectado pelo exército a 28 de Junho de 2017 e o reaparecimento das armas, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, foi revelado quatro meses depois (18 de Outubro) pela PJM, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
No parlamento decorre uma comissão de inquérito para apurar as responsabilidades políticas no furto de material militar em Tancos que tem programadas audições a mais de 60 personalidades e entidades.